por Patrícia Gebrim
Observo muitas pessoas envolvidas em relacionamentos afetivos absolutamente insatisfatórios. Passada a fase de encantamento inicial, quando tudo parece perfeito, é natural que a relação vá caminhando na direção de expor a verdade dos parceiros.
Imagine que cada um de nós vibre numa determinada frequência. Se as frequências são compatíveis, a relação se desenrola com fluidez, em harmonia e sem muito esforço. Mas quando os parceiros vibram em faixas muito diferentes, alguém inevitavelmente se sentirá insatisfeito. Enormes diferenças começam a aparecer. Um pode precisar de mais intimidade e proximidade. Outro pode necessitar de mais espaço. Não há certos e errados, compreendam isso. Quando surgem as diferenças, é a hora de olhar para tudo com muita consciência.
As diferenças são conciliáveis?
Aquilo que difere no outro é algo com o qual você possa conviver?
Seja muito verdadeiro consigo mesmo. Não se engane. Não invente falsos cenários. Olhe para si mesmo e para o outro da maneira mais verdadeira que conseguir. Pergunte a si mesmo se acredita que poderia se sentir confortável com essa pessoa como seu parceiro.
Não conte com a mudança do outro. Não que mudanças não possam acontecer, mas a única mudança pela qual você pode se responsabilizar é a sua. O outro tem o direito de fazer suas escolhas, “inclusive a de não mudar”.
Não se torne um mendigo, implorando que o outro corresponda às suas necessidades. Saiba aceitar quando uma parceria se mostra incompatível. Saiba deixar ir, seguir adiante. Não se prenda por apego ou medo. Ame a si mesmo em primeiro lugar e confie que esse amor sempre abraçará você.
Em um relacionamento afetivo, quando você ama a si mesmo, você não sofre quando o outro não corresponde ao seu amor, ou quando o outro passa a trilhar caminhos diferentes dos que você deseja seguir, afastando-se de você.
Você simplesmente se desconecta. Não que isso seja uma escolha, uma reação, uma provocação ou vingança.
Não! Essas seriam ações egoicas.
Você simplesmente se desconecta, porque você e aquela pessoa passam a vibrar em faixas diferentes. Isso acontece naturalmente. Não é fruto de raiva ou ressentimento.
Você pode até continuar sentindo amor por aquela pessoa. O amor não se desfaz. Mas o relacionamento sim, abrindo espaço para que uma outra pessoa, que vibre numa energia mais próxima à sua, possa se aproximar. O amor que temos por nós mesmos nos mantém constantemente em um fluxo pacífico e amoroso e torna a vida um colo pleno de oportunidades.
Se você não souber por onde caminhar para chegar ao amor, comece aprendendo a amar, intensa e profundamente, a si mesmo.