Árvore da felicidade: o que ela pode nos trazer?

A Árvore da Felicidade deve ser um presente. Não se compra uma Polyscias, como reza a lenda japonesa. Veja como aplicar a simbologia dela na sua vida.

Regar, adubar e contemplar – possibilidades de uma existência

Polyscias fruticosa e Polyscias guilfoylei são os nomes científicos de versões “fêmea” e “macho” de uma planta conhecida como Árvore da Felicidade. Não vejo um nome mais propício para esse ser vivo que muita gente cultiva . Também não vejo analogia mais perfeita para nossa própria vida.

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Se nós, indivíduos, somos capazes de coexistir em nossas singularidades, fruticosa e guilfoylei também podem crescer juntas, se entrelaçar num mesmo vaso (também podem roubar a energia uma da outra, em certas condições de plantio). Seja qual for a sua versão, seu crescimento é lento. Seu porte é geralmente médio em ambientes fechados, embora alguns exemplares nos surpreendam.

Cuide da sua árvore da felicidade

As Polyscias são plantas de sombra. Mas precisam de um pouco de luz. Temos muita expectativa sobre elas, a começar pelo nome popular com o qual as batizamos – queremos que sejam frondosas, dentro de seus limites. Que enfeitem o ambiente, que sejam longevas.

Muito embora os nossos desejos, esquecemos de aguá-las. O vaso não é trocado quando as raízes crescem. A terra não recebe nutrientes. Não lembramos que sua biologia é um milagre em curso.

Grande surpresa quando surgem minguadas, ainda que nada façamos para que isto seja diferente. Difícil recordar a última vez em que lhes dispensamos alguma atenção.

Árvores da Felicidade, contudo, resistem – sempre à espera da próxima oportunidade de retomada dos cuidados consigo.  Elas se curvam e retorcem, sobrevivem – para em algum momento explodir em novas folhas e galhos. Em algum momento, também, serão contempladas. Nem que seja para a constatação de que, não obstante o nome que lhes damos, estão tristes. E quando nem isso acontece, elas morrem.

A Árvore da Felicidade deve ser um presente –  não se compra uma Polyscias, como reza a lenda japonesa. Na tradição oriental ela é mágica e traz realizações para aqueles que por ela passam. Bastaria cruzar com uma delas e os bons fluídos nos alcançariam – mas é preciso conhecê-las, saber que estão ali e qual o seu significado para a mística ser completa.

Em nossa tentativa de engarrafar tudo aquilo que nos é precioso, e no universo de uma Polyscias, sabendo de sua simbologia, regar, adubar e contemplar são possibilidades de uma existência. Assim como a nossa.

Jussara Goyano é jornalista, empreendedora e coach certificada pelo Instituto de Psicologia Positiva e Comportamento. Seu currículo inclui formações e atualizações ministradas por instituições como Unifesp, FGV e Instituto Brasileiro de Coaching. Possui mais de 10 anos de vivência executiva e experiência em gestão de pessoas e equipes. Promove sessões de Coaching, mentoria e palestras pela Jussara Goyano Bem-estar & Performance. Dirige a Ponto A – Comunicação & Conteúdo e a Ponto A Editora. Site: www.jgbemestareperformance.com