A autoestima está relacionada a uma questão de foco. Ter uma boa autoestima está em suas mãos; saiba como formá-la
E-mail enviado por uma leitora:
“Por que só erro em relacionamento? Meu emocional é muito fraco e minha autoestima está péssima.”
Resposta: Sim, pelo seu e-mail, parece mesmo que seu conceito sobre você é bem desfavorável. Quando você diz: “meu emocional é fraco e minha autoestima está péssima”, fica claro que a primeira coisa que você enxerga ao olhar para si mesma são os pontos negativos. Que, cá entre nós, todo mundo tem. Afinal, ninguém é perfeito. Mas se você mudar o foco, certamente, vai encontrar em você mesma, pontos positivos, que se somados ao “emocional horrível”, vai deixá-la menos horrível. Vamos tentar?
Autoestima: uma questão de foco
Pois é… como você viu, a autoestima é principalmente uma questão de foco. E, dependendo desse foco, você pode se sentir poderosa ou derrotada. É claro que num mergulho em direção ao seu interior, você vai encontrar aspectos dos quais você gosta e aspectos que não gosta. E é claro que tentar melhorar o que não está funcionando, é uma atitude saudável. Mas é importante que você entenda que nem tudo, no âmbito das emoções, pode ser mudado. Existem características que são inerentes a cada ser humano e que não adianta tentar arrancá-las à força porque não vão sair.
Assim, se você é introvertida, por exemplo, pode ser que através de algum treino, algum esforço, consiga se expor mais, falar mais, se aproximar com mais facilidade das pessoas. Mas continuará sendo introvertida, essa é sua natureza. Então é melhor aprender a gostar dessa característica, já que você será obrigada a conviver com ela. E para isso, foque nas vantagens de ser introvertida! Por exemplo, o introvertido é um ótimo observador; e saber observar é extremamente útil no aprendizado da vida, das relações e de como funcionam os afetos.
Como formar uma boa autoestima
É importante ressaltar que o melhor nutriente para uma boa autoestima está, principalmente, em suas mãos. É claro que um elogio, um afeto, um carinho vindo de outra pessoa ajuda a elevá-la. Mas é apenas o “molho da salada”, que sem salada não vale nada. É a auto-observação, a autoaceitação, a tentativa de descobrir e externar a combinação de seus melhores aspectos em cada encontro, que ajudarão a formar uma autoestima saudável. E nada como uma boa autoestima, como consequência, para conquistar os outros.
Sim, a possibilidade dos outros gostarem de quem se gosta é enorme! E vale o oposto: a possibilidade de alguém gostar de quem só se alimenta e depende do outro para se sentir bem, é bem pequena.
A escolha amorosa está intimamente ligada à autoestima
A escolha amorosa, nesse sentido, está intimamente ligada a uma autoestima saudável. Todo mundo quer ser amado, admirado, tratado com carinho e respeito. O ponto de partida para que isso aconteça, é tratar a si mesma como gostaria que os outros a tratassem. Se você se respeitar, colocar limites de autoproteção, aprender a dizer não ao que transpõe esses limites, o parceiro a respeitará. Mas, se ceder a tudo para agradar e ficar esperando por elogios por ser submissa, certamente, a decepção virá com força.
Pessoas inteiras se apaixonam por pessoas inteiras: com suas qualidades, defeitos, esquisitices e particularidades. Assim, para ser gostada, antes de mais nada, aprenda a aceitar-se e gostar-se com suas características pessoais; envolva essas características com o melhor dos mantos, mas mantenha sua essência. E saiba ser feliz sozinha enquanto o parceiro amoroso não chegar.
Atenção!
Esta resposta (texto) não substitui uma consulta ou acompanhamento de uma psicóloga e não se caracteriza como sendo um atendimento.