Como lidar com a questão da religião com as crianças?

As crianças vão poder lidar com a religião na escola e no contato com colegas e famílias. O denominador comum de todas as religiões é o de caminhar sempre na direção do bem.

E-mail enviado por um leitor:

“Sou pai de duas crianças, uma de seis e outra de oito anos. Gostaria de saber como lidar com a questão de religião com elas. Já que não acredito muito em religião, pois entendo ser uma coisa dos homens e não de Deus. Mas acredito em espiritualidade. Deveria “catequizá-las” com minhas crenças, ou não fazer nada e deixar que, quando mais crescidas, decidam por elas mesmas? Ou seria bom para as crianças que, para seu bom desenvolvimento psíquico e emocional, que elas já tivessem uma religião? Fico agradecido se puderem me responder.”

Continua após publicidade

Resposta: A sua pergunta é a de muitos pais, pois hoje muitas pessoas se perguntam sobre a própria religião. Além disso, as festas vêm se aproximando e existem famílias com duas religiões ou que, como você, não seguem nenhuma.

O denominador comum de todas as religiões são os valores. Existem alguns valores que são comuns a todas as religiões, como o de caminhar sempre na direção do bem. A religiosidade também traz valores, de acordo com cada religião e com o nível de entendimento de cada um.

Não acho necessário você se tornar religioso por causa dos seus filhos. Não será muito bom esse tipo de religiosidade. Ainda mais, se estiver confortável para você transmitir seus valores aos seus filhos dessa maneira. Logo, não vejo nenhum problema.

Os seus filhos vão ter contato com várias religiões na escola e no contato com outras crianças e famílias. Vai chegar a hora em que os seus filhos vão ter curiosidade e perguntar sobre as religiões. Nessa hora, você poderá explicar como vê a religião e Deus. Se a curiosidade for muita, você poderá levar os seus filhos para conhecer as outras religiões. O mais importante são os valores que você transmite aos seus filhos.

Atenção!
Esta resposta não substitui uma consulta ou acompanhamento de uma psicopedagoga e não se caracteriza como sendo um atendimento.

Continua após publicidade

Betina Serson é graduada em Pedagogia com pós-graduação em Psicopedagogia e Mestrado em Early Childhood Education nos Estados Unidos. Trabalhou por vários anos em escolas de educação infantil Americanas. De volta ao Brasil trabalha com psicopedagogia clinica, capacitações para profissionais, colunista na área de desenvolvimento infantil e palestrante.