Seu filho é mal agradecido por conta de uma sociedade imediatista. Mas essa situação pode ser contornada.
E-mail enviado por um leitor:
“Estou meio confuso em lidar com meu filho de 11 anos. Nada para ele parece ser o suficiente. Parece que eu, pai, estou sempre devendo… sempre em falta. Não sei dizer se o meu filho seria um mimado que não me dei conta… Ou se ele seria um ingrato. Qual seria a hipótese mais provável? Há um caminho para ele se se sentir agradecido por tudo que dou a ele ou mesmo o que a vida possa dar para ele?”
Resposta: Seu filho não é ingrato ou mimado. Ele é um reflexo do que vivemos hoje em dia com as crianças em uma sociedade imediatista. Assim, nessa sociedade, tudo o que querem é resolvido pelos pais e nada é suficiente, a não ser que se tenha uma recompensa imediata.
Como lidar com seu filho mal agradecido
Então, mostre ao seu filho que muitas vezes não podemos ter o que queremos a todo o momento. No começo será um pouco difícil para ele entender e irá testar os seus limites com pedidos infinitos ou choro ou choramingo. Assim, é importante não ceder e ser consistente. Uma hora pode ser e outra não. Com um pouco de paciência, você irá resolver. Converse com o seu filho e explique as razões por que ele não pode ter tudo a todo o momento.
Você poderá conversar com o seu filho de uma maneira empática, e ao mesmo tempo assertiva, para mostrá-lo que ele irá encontrar dificuldades na vida e que nem sempre o pai estará por perto para resolver por ele.
Seu filho também terá que entender que algumas vezes o pai não pode resolver tudo para ele. Assim, uma boa forma de possibilitar isso a ele, deixá-lo tomar as próprias decisões e aprender a lidar com as consequências.
Atenção!
Esta resposta não substitui uma consulta ou acompanhamento de uma psicopedagoga e não se caracteriza como sendo um atendimento.
Betina Serson
Betina Serson é graduada em Pedagogia com pós-graduação em Psicopedagogia e Mestrado em Early Childhood Education nos Estados Unidos. Trabalhou por vários anos em escolas de educação infantil Americanas. De volta ao Brasil trabalha com psicopedagogia clinica, capacitações para profissionais, colunista na área de desenvolvimento infantil e palestrante.
