por Anette Lewin

"Estamos casados há cinco anos e não temos filhos e já tivemos uma separação. Descobri isso há um ano e não sei se consigo conviver com isso. Não posso dizer que ele é um mal marido, ele é ótimo como companheiro, mas estamos vivendo como amigos."

Resposta: Não existe solução melhor ou pior no seu caso. Você é quem deve colocar na balança do que está disposta a abrir mão e do que não está. Se a vida sexual é um aspecto do qual você não abre mão, existem dois caminhos: ou separar-se e procurar alguém que preencha essa lacuna, ou procurar novos parceiros sexuais e continuar casada, uma vez que os outros aspectos desse casamento te satisfazem. Tudo depende de quanto você se sente preparada para relações não-convencionais e é capaz de assumir os riscos e responsabilizar-se por eles. Ninguém pode decidir isso por você.

Quando me vejo casado, sinto-me como se estivesse preso, engaiolado…
Estou noivo e prestes a me casar, ela é religiosa, cuida de mim, é preocupada com nossa vida. Eu já fui religioso, mas hoje quando um amigo me chama para sair, fico doido para ir com ele

Resposta: Talvez você tenha que olhar para o casamento não como algo estático, mas como algo que vai se transformando no decorrer do tempo. Você mesmo diz que já foi mais religioso e hoje sua relação com a religião está mudando, não é? Nós mudamos com o tempo, nossos valores mudam com o tempo e nossos relacionamentos também vão se transformando. O casamento deve ser visto como um acordo entre duas pessoas que pretendem construir algo juntas. Ele não vem pronto. E algo que não está pronto não pode te prender, não é? Esteja aberto para essa nova fase de sua vida e tente não se ater a conceitos formais ou relatos sobre outros casamentos. Seu casamento vai ser construído por você e sua noiva e terá a elasticidade que vocês determinarem.

Trabalho do meu marido nos obriga a ficar longe, não sei mais o que fazer
Incentivo-o a largar o emprego e procurar outro. As viagens estão nos desgastando com brigas que definitivamente não nos fazem bem. Mas fora isso, nossa relação é boa, não temos filhos e estou desempregada

Resposta: É importante entender que você pode mudar as coisas mudando sua atitude em relação a elas. Parece que você só está conseguindo enxergar um caminho para a mudança, e esse caminho seria seu marido mudar de emprego. Aí você fica dando voltas e voltas na sua cabeça e sempre chega ao mesmo ponto: a frustração. Seu marido, ao que parece, não está querendo arriscar ficar sem emprego, ainda mais agora que você está desempregada. Acredito, que você deveria tentar preencher seus dias de solidão fazendo algo por você, algo que não dependa da presença de seu marido. Um curso, uma atividade artística, um trabalho voluntário enquanto não arranja emprego, enfim, algo que faça você sair desse círculo vicioso. Existem locais que oferecem terapia gratuita nas principais faculdades de psicologia de São Paulo (PUC, USP, Mackenzie, etc), no Hospital das Clínicas e mesmo em clínicas particulares que não são totalmente gratuitas, mas oferecem serviços por preços bastante convenientes.

Atenção!
As respostas desta coluna não substituem uma consulta ou acompanhamento de um profissional de psiquiatria e não se caracterizam como sendo um atendimento.