E agora, separada, como recuperar o prazer de viver minha sexualidade?
E-mail enviado por uma leitora:
“Saí de um casamento fracassado onde não havia mais amor. Mas durante anos meu marido forçava a barra para transarmos. Uma das vezes quase foi, ou foi mesmo, um estupro, pois não queria mesmo. Estou há um ano e meio separada. Estou com dificuldade de voltar a transar, após esta relação abusiva. O que a senhora me orienta a fazer? Obrigada”
Resposta: É preciso reconhecer, primeiramente, que a situação mudou com a sua separação conjugal, mas os seus sentimentos não.
O que é de fato um estupro?
Vamos dar uma olhada no que a Organização Mundial da Saúde (OMS) define como estupro. Trata-se de qualquer ato sexual ou tentativa de obter um ato sexual. Ou seja, não é só penetração, e também não é só penetração vaginal. O estupro é um ato contra a sexualidade da pessoa. É qualquer ato libidinoso.
O estupro é um ato de coerção, coação, que acontece em qualquer lugar. E a maioria acontece dentro da residência das pessoas, e não na rua.
Ou seja, aqui a gente está falando sobre uma relação sexual não consentida dentro de casa. Colocando em contexto então, o consentimento para a relação sexual tem que acontecer a cada relação.
Assim sendo, uma pessoa não pode superar um trauma sexual se não puder falar sobre isso em um espaço seguro, como o da psicoterapia.
Além disso, no processo psicoterapêutico, você poderá desenvolver a integridade da sua percepção para avaliar o potencial de um relacionamento para “ouvir” e dizer “não”. E, dessa forma, iniciar um novo ciclo afetivo-sexual em sua vida, baseado na confiança e respeito mútuos.
Atenção!
Esta resposta não substitui uma consulta ou acompanhamento de uma psicóloga e não se caracteriza como sendo um atendimento.