Família tóxica: será que a minha é?

A família tóxica traz grande sofrimento emocional para todos os seus membros ou apenas para um deles. Veja 8 características de uma família tóxica.

Atendo há mais de 20 anos na clínica e recebo muitos pacientes que relatam um sofrimento frequente sobre essa temática tão polêmica e difícil de falarmos: família tóxica.F

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A família tóxica é aquela que pode proporcionar, com frequência, uma angústia e um alto sofrimento emocional aos seus membros, ou apenas a um deles. Isso é causado por um ciclo, que é repetitivo, e de forma bem disfuncional.

Uma família disfuncional e tóxica provoca sentimentos negativos que afetam o desenvolvimento pessoal e psicológico de cada membro da família.

Consequências de se conviver com uma família disfuncional

Conviver com uma família tóxica, ou com um membro dessa família, pode trazer algumas sequelas, tais como:

  • estresse;
  • ansiedade;
  • depressão;
  • baixa autoestima;
  • dependência emocional;
  • transtorno de personalidade;
  • sensação de inferioridade;
  • incapacidade de lidar com conflitos.

Cada família é um mundo e tem uma forma própria de conviver, com valores, educação e hábitos próprios. Os conflitos familiares são normais acontecerem no decorrer da história familiar. É bem complicado e difícil definir um núcleo familiar como sendo tóxico. Por isso, precisamos de uma boa avaliação sistêmica dos danos causados.

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8 características de uma família tóxica:

  1. Excesso de controle: impede que a pessoa controlada se desenvolva de um modo saudável e independente.
  2. Abuso ou violência familiar: leva a um impacto grave na autoestima e nos sentimentos de segurança e culpa.
  3. Conflitos constantes: conflitos são normais acontecerem. Porém, quando constantes, geram um desgaste entre os membros.
  4. Dependência de álcool ou drogas: o vício pode ocasionar um desastre familiar e desestruturar toda a base familiar.
  5. Baixa responsabilidade dos pais: pais imaturos para esta função acabam gerando nos filhos um alto grau de responsabilidade antes do tempo.
  6. Falta de respeito pelo outro: não há respeito ao espaço de cada um e essa invasão ocorre nos comportamentos.
  7. Problemas de comunicação: a falha da comunicação gera consequentemente um vínculo afetivo frágil, ocasionando conflitos.
  8. Manipulação afetiva: característica comum que gera culpa e um alto grau de estresse.

A resolução para uma pessoa vítima desse tipo de violência familiar está na mudança de comportamento que lhe permita uma autoafirmação pessoal e um empoderamento para não se sentir culpado(a) nem inerte diante do seu medo.

Assim, é necessário buscar em outros membros da família uma aliança funcional, visando um fortalecimento emocional com o propósito de mudar ou impedir que a dinâmica disfuncional perpetue.

A ajuda de um psicólogo especializado em conflitos familiares pode ser recomendada.

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Psicóloga Clínica Cognitivo-Comportamental; Mestre em Psicologia Clínica e da Saúde - UFP - Universidade Fernando Pessoa em Portugal. Defendeu a sua dissertação com excelência e nota máxima sobre: “A interferência das redes sociais nos relacionamentos”. Especialista em Psicologia da Saúde, Desenvolvimento e Hospitalização – UFRN; Especialista pela Faculdade de Medicina do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da USP – SP. Foi professora da Pós-graduação em Psicologia – Terapia Cognitivo-Comportamental (Unipê). Há 20 anos atendendo na clínica a adolescentes, adultos, casais e famílias. Membro da Federação Brasileira de Terapias Cognitivas - FBTC. Mantém o Blog próprio desde 2008. Mais informações: www.karinasimoes.com.br. Atendimentos com consultas presenciais ou online