Marido saiu pela porta e disse que ia dormir fora  

A probabilidade do seu marido continuar saindo pela porta é grande, se você não conversar com ele sobre seus sentimentos

Pergunta de uma leitora:

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“Ainda amo meu marido, mas ele parece que não… Sei que ele me trai, mas tolero isso. Mas no último sábado à noite, ele simplesmente me disse que ia passar a noite fora de casa. Fiquei passada, não fiz nada. Só o vi saindo… pela porta… Acho que essa pode ser uma primeira noite de uma série que se seguirá. O que fazer diante de uma situação dessas?”

Resposta: Acho que a primeira questão é tentar conversar com ele, principalmente se você sabe das traições e não está de acordo com esse comportamento. E que se sente mal em saber disso. Apesar de tolerar isso não significa que concorde.

Porém, a partir do momento que não se toma uma iniciativa de mudança, para ele, fica confortável a situação e assim dificilmente se muda algo que está confortável. A probabilidade dele continuar saindo pela porta é grande, se você não conversar com ele sobre seus sentimentos.

Como lidar com a traição?

Não existe uma fórmula de tolerar traição ou deixar de amar alguém. Na verdade, podemos mudar de relação ou tentar encarar de outra forma.

Algumas pessoas decidem abrir a relação, não sei se para você isso seria uma opção, mas vale lembrar que se abrir, não é um processo fácil e rápido.

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Se existe uma insatisfação sua ou dele na relação, e isso é um dos argumentos para a traição, talvez tentar conversar e lidar com essa insatisfação juntos, tentar encontrar onde se perdeu o fio da meada.

Talvez realizar terapia de casal para tentar entender ou se acertar novamente. Assim pode-se tentar se reconectar, claro se ambos quiserem.

Caso não resolva os conflitos, talvez aí você tenha que tomar uma decisão individual, se é permanecer nessa relação e saber que pode acontecer traições ou então tentar aos poucos sair dessa relação, e se quiser, entrar numa relação futura.

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Atenção!
Esta resposta não substitui uma consulta ou acompanhamento de uma psicóloga e não se caracteriza como sendo um atendimento.

Psicóloga Clínica, Psicodramatista pela Associação Brasileira de Psicodrama e Sociodrama (ABPS), cursando nível II e III na Sociedade Paulista de Psicodrama e Sociodrama (SOPSP) e Terapia de Casal no Instituto J L Moreno. Pesquisadora no Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas FMUSP no PRO AMITI no setor de Amor Patológico e Ciúme Excessivo. Vice-presidenta da Associação Viver Bem