Os Jogos Psicológicos de Poder são um capítulo muito importante da Análise Transacional e compreendê-los nos permite deixar de agir no automático e resgatar nossa autonomia; entenda
São estruturados na nossa infância, a partir das relações parentais com nossa Criança, onde aceitamos mensagens e assumimos um papel no triângulo dramático do Jogo.
Mas o que é um Jogo Psicológico?
– É uma comunicação onde existe uma mensagem aparente e outra subliminar que fisga nosso inconsciente e nos faz agir no automático, repetindo nosso enredo.
Um joga uma isca e o outro morde. Isso desencadeia uma série de comportamentos condicionados e no final todos saem perdendo, pois reforçam suas crenças limitantes.
Os papéis desempenhados num jogo, são o de Perseguidor, Salvador, ou Vítima, e tem o propósito de controlar o outro e se manter no poder de manipular a relação para não romper uma simbiose.
Exemplo de um jogo psicológico de poder
Num casal, o homem assume uma postura crítica e autoritária, humilhando a mulher e a desqualificando de maneira irônica (Perseguidor). Aparentemente parece ter razão em sua cobrança, mas está exagerando para deixar a mulher que já tem uma autoestima baixa, sentindo-se mal. Ao ser desqualificada ela sente-se culpada e assume um papel de Vítima ao invés de se defender racionalmente.
Num segundo momento, este mesmo homem ao vê-la fragilizada, pode assumir o papel de seu Salvador, para mantê-la refém de seus cuidados e assim dominar e garantir uma relação. A Vítima se sente incapaz e dependente daquela pessoa aparentemente superior a ela. O Controle é confundido com Amor.
– “Como posso sair de uma relação se não me sinto capaz de sobreviver por mim mesmo? Faço tudo errado mesmo… Quem vai me querer?”
As pessoas jogam inconscientemente para lidar com seus medos e inseguranças e acham que dessa maneira ficarão bem. Mas a necessidade de manter esse tipo de controle, anula a capacidade de viver o presente e desenvolver consciência e autonomia que são nosso Real Poder de Escolha.
Para nos libertarmos desses jogos, precisamos agir fora de nosso enredo, nos egos Parental Nutritivo que apoia a Criança interna, no Adulto racional que argumenta com fatos, ou na Criança Natural, livre e confiante.
Conhecer seu enredo, lhe permite identificar seus jogos mais frequentes e exercitar sua capacidade de não ser fisgado, permanecendo no aqui e agora e interrompendo essa sequência de respostas que levam sempre ao mesmo lugar. Assuma a responsabilidade de mudar e sentir-se bem. Ninguém além de você tem poder sobre sua vida.