Da Redação
A automedicação e o uso inadequado de certas substâncias podem gerar graves complicações para a saúde diz a farmacêutica Lúcia Cabral de Almeida.
Antes de ingerir qualquer medicamento o médico deve ser sempre consultado, pois a maioria dos medicamentos não atua diretamente na parte do corpo que está com problemas, pois percorre o organismo até chegar ao local desejado e durante o trajeto passa pelo estômago e fígado gerando sensações desagradáveis. Segundo a farmacêutica essas sensações desagradáveis são os problemas das reações adversas ou efeitos secundários dos medicamentos.
Como muitos dos efeitos colaterais são imprevisíveis, o melhor a fazer é informar o médico sobre reações anteriores com a utilização de outros medicamentos evitando que o médico receite um que possa ter efeitos colaterais semelhantes.
Perigo dos analgésicos
Sem dúvida, os remédios mais vendidos sem prescrição médica são os analgésicos, que trazem diversos efeitos colaterais, como por exemplo, o ácido acetil-salicílico, que pode provocar irritação estomacal e dificuldade de coagulação sanguínea; o acetaminofeno, que pode prejudicar o fígado em razão da sua toxidez e a dipirona que pode causar queda de pressão arterial e causar agranulocitose, na formação de certos componentes do sangue.
Diante de tantos motivos é importante só ingerir medicamentos com conhecimento médico. Dispense os conselhos de vizinhos, pessoas da família ou de balconistas de farmácia. Só um médico pode saber a dose certa para sua patologia (doença), além de efeitos imprevistos que podem até agravar uma doença por tomar um medicamento errado e sem efeito.
Onde comprar?
Ao adquirir um medicamento nunca os compre em feiras ou camelôs, só compre remédios em farmácias e drogarias. Além disso, fique atento às promoções e liquidações, pois preços muito baixos podem indicar que o medicamento tem origem duvidosa, nenhuma garantia de qualidade, pode ser produto roubado ou até estar com o prazo de validade próximo ou vencido.
Outra boa dica é sempre exigir a nota fiscal e guardar a embalagem, a cartela ou o frasco do medicamento, pois em caso de irregularidade você terá como se queixar.
O que verificar na embalagem?
Lembre-se de verificar se na embalagem do medicamento consta a data de validade; o nome do medicamento bem impresso e se pode ser lido facilmente; se não há rasgos, rasuras ou alguma informação que tenha sido apagada ou raspada; o nome do farmacêutico responsável pela fabricação e o número de sua inscrição no Conselho Regional de Farmácia; o número do registro do medicamento no Ministério da Saúde; o número do lote, que vem impresso na parte de fora deve ser o mesmo que vem impresso no frasco ou na cartela interna; a bula deve ser original, caso contrário não aceite o produto e, no caso de soros e xaropes, verifique se eles estão devidamente lacrados, pois o lacre é obrigatório para todos os medicamentos líquidos.
“Todas as verificações também são válidas para aqueles medicamentos que o indivíduo costuma usar com frequência. Jamais adquira remédios com embalagens amassadas, lacres rompidos, rótulos que se soltam facilmente ou estejam apagados e borrados” orienta a especialista.
Caso o medicamento deixe de fazer efeito ou piore o quadro clínico procure imediatamente atendimento médico para que ele possa corrigir o tratamento da doença e, se for o caso, passar o assunto para a Vigilância Sanitária investigar.