Quem sou eu? Você é engolido pelo trabalho para suprir insatisfações, necessidades básicas de sobrevivência e não olha para si mesmo?
Nascer, crescer, conviver e aprender.
Ainda não falarei do morrer.
Há muito a ser vivido entre o nascer e o morrer.
Para alguns isso acontece quase que simultaneamente.
Crianças são concebidas e, em alguns dias ou meses, ainda no útero materno, morrem.
Outras nascem e alguns dias, meses e até poucos anos morrem.
Uma boa parte da humanidade vive um pouco mais e nesse período, o que faz com a sua existência?
A roda gira levando os movimentos e intenções para realização de tarefas, objetivos que vão ao encontro de suprir insatisfações, necessidades básicas de sobrevivência, por meio de trabalho, moradia, saúde, aquisição de bens, apoios emocionais, relacionamentos, agregações comunitárias, convivências.
Nesse rodamoinho e muitas vezes sem a devida consciência dos atos e escolhas, as pessoas são engolidas em incessantes rotinas e, o tempo passa.
Quem sou eu?
Quem é você para você mesmo? Quem é você para você mesma?
Já se fez essa pergunta?
Passar pela vida é perceber que a vida é você, em cada respiração.
Atravessar a ponte, olhando para a possível chegada, agita a mente e seus passos, mas, importante é também observar a paisagem ao seu redor, a textura do chão por onde pisa, e por onde as suas mãos se apoiam. Olhares recebidos, sons de pássaros antes não percebidos, o vento ou a fumaça dos carros, a garoa imprevista.
Passar por tudo o que acontece simultaneamente é a sua vida acontecendo.
Onde está a sua mente nisso tudo e tudo mais?
Você está abduzido por pensamentos do passado que sugam a sua energia ou encontra-se impulsionado para o futuro, anulando a sensação de seus pés no presente caminhante?
Quem é você para você mesmo? Quem é você para você mesma?
Habita em você ou o hábito de padrões mentais sequestram você de você mesmo?
Assentar em movimento é existir em contentamento. Inspirar e expirar, transpirar e enxugar, ambos, a cada momento, fazem o seu existir aqui e agora.