A vida alimentar de boa parte das pessoas anda industrializada em excesso, mas poucas pessoas se dão conta disso
Você já teve curiosidade de ler a lista de ingredientes do que normalmente consome de industrializados? Desde o leite de caixinha, iogurte, pão, suco…
Pois bem, quem já leu as letrinhas miúdas percebeu muito nome que nunca ouviu falar. Esse o ponto principal desse texto. Já imaginou a quantidade de aditivos alimentares contidos dentro de uma simples fatia de pão que basicamente seria farinha, água, sal e fermento, mas para durar bastante tempo na prateleira do supermercado, ganha emulsificantes conservadores, e quando light, ainda um toque de adoçante artificial.
O quanto a sua vida alimentar está industrializada?
Chamo a atenção sobre o assunto, não para deixar de consumir todos os industrializados amanhã, mas para refletir o quão sua vida alimentar está industrializada.
Como já escrevi nesta coluna, é preciso limitar o consumo de alimentos processados – alimentos industrializados a partir de alimentos in natura. Mas você pode consumi-los em pequenas quantidades, como ingredientes de preparações culinárias ou como parte de refeições baseadas em alimentos in natura ou minimamente processados.
Os ingredientes e métodos usados na fabricação de alimentos processados – como conservas de legumes, compotas de frutas, queijos e pães – alteram de modo desfavorável a composição nutricional dos alimentos dos quais derivam.
Do mesmo modo, evite produtos ultraprocessados. Devido aos seus ingredientes, alimentos ultraprocessados – como biscoitos recheados, “salgadinhos de pacote”, refrigerantes e “macarrão instantâneo” – são nutricionalmente desbalanceados. Por conta de sua formulação e apresentação, tendem a ser consumidos em excesso e a substituir alimentos in natura ou minimamente processados.
Procure então ir por uma via oposta, coma alimentos frescos: legumes, verduras, frutas e grãos integrais. Mas tem um ponto importante: você está bebendo água!? Por isso, fique atento(a)!
Diminua o quanto puder os industrializados em casa. Assim, você vai descascar mais, abrir menos pacotes e ganhar muita qualidade de vida!
No próximo texto vou dar dicas de como ler os rótulos. Até!
Gabriela Maia
Formada em Nutrição pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) - 2003. Pós-graduada em gestão de negócios em alimentação (IPCE-UNIGUAÇU- 2006). Pós-graduada em Plantas medicinais e fitoterapia (Instituto Brasileiro de Plantas Medicinais (IBPM/FIOCRUZ) – 2011). Pós-graduada em transtornos alimentares e obesidade (PUC- Pontifícia Universidade Católica (RJ) – 2019). Professora de pós-graduação nas disciplinas de gastronomia funcional e disfunção da imagem corporal (VP- Centro de Nutrição Funcional). Atendimento em consultório particular - Ipanema/RJ. www.gabrielamaianutricionista.com.br
