Um bom relacionamento depende de uma série de fatores e, para cada casal, esses fatores variam. Arriscamos neste post a dar uma receita genérica. No entanto, colocar em prática teorias é sempre um bom desafio.
Resposta: Para se viver bem a dois o essencial é que haja o prazer da troca, o prazer de compartilhar.
Como não se legisla sobre o prazer, cada casal tem de fazer uma análise profunda do que tem para colocar na relação, o que quer dar, o que gostaria de receber, do que gosta e do que não gosta. E principalmente, depois de saber do que gosta, entender que terá de abrir mão de muitas dessas coisa pela relação. Se não estiver disposto a fazer isso é melhor nem começar um relacionamento.
Não escolhemos pai, mãe ou irmãos. A escolha do parceiro amoroso é a única que fazemos dentro da família, portanto temos que nos responsabilizar por ela.
Não podemos esquecer que vivemos numa sociedade que prega o descartável e se encararmos a relação amorosa dentro dessa ótica, tenderemos a querer trocar de parceiro a qualquer dificuldade e… estaremos sempre começando relações e não aprofundando.
As brigas na relação a dois podem acontecer, mas devem ser encaradas como um esforço para se chegar a um equilíbrio entre o dar e receber. Elas se tornam extremamente perigosas quando se transformam num mar de acusações jogadas sobre o outro sem qualquer cuidado e sem qualquer outro objetivo que o de querer convencer o outro de que o seu desejo é mais importante do que o dele.
Uma relação a dois bem-sucedida tem como primeira condição que as pessoas estejam juntas porque querem estar e não por dependerem do outro. É desejável que cada um, independentemente das realizações em conjunto, possa continuar sendo o que é, tendo seus espaços, suas experiências pessoais e não deposite toda sua fantasia de felicidade no comportamento do parceiro.
A dinâmica diária de um bom relacionamento exige movimento, criatividade e principalmente participação.Um dos grandes erros cometidos num relacionamento amoroso é esquecer de mostrar ao parceiro por que ele é importante na relação. Esquece-se de agradecer um favor prestado, uma ajuda num problema importante, um gesto de carinho. Se supervalorizar o parceiro é um erro, ignorá-lo é um erro muito maior. Ninguém fica num relacionamento em que não se sente importante. E como ninguém lê pensamentos, a reafirmação constante da escolha feita através de um olhar carinhoso ou palavras de afeto é essencial.
Existem mitos sobre o que segura uma relação
Sexo, respeito e companheirismo, por si só, não sustentam uma relação assim como o ciúme por si só não o destrói.
Um bom relacionamento, como foi dito, depende de uma série de fatores e para cada casal, certamente, esses fatores variam. Se tivéssemos que dar uma receita genérica, o que não é fácil, ela seria mais ou menos assim:
Receita para um bom relacionamento
1) Leve ao fogo o saber ancestral, as regras de quem já pensou sobre relacionamento e consegue ser feliz dentro dele;
2) Acrescente aos poucos a noção de que uma escolha pessoal é apenas o início de uma trilha a ser construida no dia a dia;
3) Misture boas colheradas de respeito pelo seu prazer e uma xícara cheia de respeito pelo prazer do outro;
4) Pronta a massa abra um espaço para a sua individualidade;
5) Acrescente temperos que ambos apreciem;
6) Saboreie. Ah! E que seja eterno enquanto dure…