É necessário não se acostumar com o que lhe faz mal

Para não se acostumar com o que lhe faz mal, listamos 7 dicas de autorreflexão para você não se autossabotar e, aos poucos, promover mudanças na sua vida

Geralmente nos acostumamos com as armadilhas e as autossabotagens que nós mesmos nos colocamos e nos permitimos viver. São medos, inseguranças, ansiedades e procrastinação que fazem parte do ser humano e que têm um poder imenso sobre a nossa forma de viver, causando, pois, dores e dissabores.

Muitas vezes, quando nos damos conta, um pedaço imenso da nossa vida se foi, vivendo mal devido aos maus hábitos.

Acostumar-se com o que lhe faz mal

Por que somos assim?

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Vamos lá entender isso e tentar mudar essa realidade?!

De acordo com o filósofo L. Sêneca (4 A.C. – 65 D.C.), sofremos mais com a nossa imaginação do que com a própria realidade. Isto na verdade quer dizer que começamos a sofrer bem antes do próprio problema existir. Ou seja, sofremos uma ansiedade antecipatória absurda que o nosso cérebro fabrica. 

Assim, quem foca na dor, aumenta o sofrimento vivido. E, por sua vez, quem tenta controlar o que está ao alcance de ser mudado, tende a aliviar a dor e a ajudar a enxergar a solução.

Lembre-se: nós nos acostumamos com os maus hábitos e com dores e sofrimentos que alimentamos sem perceber. Para que isso seja mudado na sua vida, você precisa largar e “deixar ir” a pessoa antiga que você é e se permitir ser uma nova pessoa. Podemos nos reconstruir. Mas isso requer decisão.

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Aquilo que lhe faz infeliz e os seus maus hábitos não chegaram na sua vida de uma hora para outra. Eles foram instalados e permitidos por você pouco a pouco. 

Assim, é preciso se desfazer desses comportamentos disfuncionais, que geram microagressões no seu dia dia. No entanto, isso precisa ser reaprendido aos poucos e com disciplina. 

7 dicas de autorreflexão para a sua vida

1. Faça uma reflexão e balanço de sua vida. Aqui é importante você ter clareza do que precisa ser mudado. Escreva pontos.

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2. Faça uma lista em duas colunas: sonhos que já alcancei e sonhos que não alcancei. Mas tente ser racional e realista. 

3. Escreva o que você já aprendeu de novos hábitos e foi capaz de mudar. Aqui é importante você enxergar que você foi capaz de quebrar padrões e mudar hábitos algum dia.

4. Nenhuma mudança é da noite para o dia. Toda mudança é construída, assim como foram construídos esses seus maus hábitos até hoje. Percebe?! Mantenha disciplina e foco e, então, a mudança começará a ocorrer.

5. Execute o autocuidado. Coloque esse hábito como base na sua vida: cuidar de você.

6. Você só conseguirá mudar algo em você se você se conhecer. Só mudamos aquilo que conhecemos. Assim, entre num processo de autoconhecimento. 

7. Faça psicoterapia e comece a cuidar de você para que as mudanças sejam alicerçadas em pilares estruturais de sua vida.

Psicóloga Clínica Cognitivo-Comportamental; Mestre em Psicologia Clínica e da Saúde - UFP - Universidade Fernando Pessoa em Portugal. Defendeu a sua dissertação com excelência e nota máxima sobre: “A interferência das redes sociais nos relacionamentos”. Especialista em Psicologia da Saúde, Desenvolvimento e Hospitalização – UFRN; Especialista pela Faculdade de Medicina do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da USP – SP. Foi professora da Pós-graduação em Psicologia – Terapia Cognitivo-Comportamental (Unipê). Há 20 anos atendendo na clínica a adolescentes, adultos, casais e famílias. Membro da Federação Brasileira de Terapias Cognitivas - FBTC. Mantém o Blog próprio desde 2008. Mais informações: www.karinasimoes.com.br. Atendimentos com consultas presenciais ou online