Jogos psicológicos ou jogos de poder: todos nós participamos deles diariamente. Saiba como identificá-los, pois eles te aprisionam.
Temos falado da importância de conhecermos nosso enredo de vida para podermos nos libertar dos padrões de comportamento e expressarmos nosso Eu verdadeiro.
Identificar quais jogos nos aprisionam é essencial para esse processo.
Jogos psicológicos ou jogos de poder: o que são?
Chamamos de Jogo Psicológico uma série de transações inconscientes, com uma mensagem aparente e outra subliminar que levam a uma manipulação.
Assim, os participantes podem assumir três papéis diferentes: Perseguidor, Salvador ou Vítima.
A Vítima pode jogar a isca e fisgar um Perseguidor e/ou um Salvador.
Exemplo: Sim, mas…
Maria: ai estou com uma dor de estômago!… (vítima)
Carol: vou buscar um remédio ótimo pra isso! (salvador)
Maria: ah… não vai adiantar. Já tomei de tudo e não resolve. Mas tá doendo tanto!!!(vítima)
Carol: mas eu posso te ajudar. Vou fazer um chá que é tiro e queda!(salvador)
Maria: não sei não… essa dor não passa nunca. Melhor não. Já estou acostumada a aguentar…(vítima)
Carol: e se você comer alguma coisa?… posso fazer. (salvador)
Maria: mas eu já fiz isso e não tem jeito… ai, ai… (vítima)
Carol: e se eu fizer uma massagem?… (salvador)
Maria: nem pensar! Está doendo muito. (vítima)
Carol: então não me enche!!! Você é insuportável! (perseguidor)
Maria: está vendo? Ninguém me ajuda! Por isso que meu estômago dói. Não tem jeito. (vitima)
Nesta transação a vítima só quer prender a outra pessoa para lhe dar atenção e não para encontrar uma saída para seu problema.
Há vários tipos de jogos, mas todos têm o objetivo inconsciente de manipular e trazem um final de mal-estar para seus participantes, mesmo que tenham atingido o objetivo inconsciente de controlar o outro e confirmar sua crença.
Como sair dos jogos psicológicos de poder?
Para sairmos dos jogos psicológicos, é preciso agir no Adulto, Pai Protetor, ou Criança Natural que vivem o momento presente, sendo capazes de dar respostas adequadas e conscientes.
Então, no exemplo acima, a Carol poderia ter perguntado à Maria
“se havia algo que ela pudesse fazer para ajudar” (adulto), ou
“se precisar de algo que eu possa fazer, conte comigo”(protetor).
Dessa forma não daria continuidade ao jogo da vítima e não se sentiria frustrada.
Todos nós participamos de jogos diariamente.
Observe seu dia a dia e procure identificar em qual desses papéis você costuma agir predominantemente?