Preciso de consentimento para enviar nudes?

Pessoas que têm um relacionamento de compromisso têm mais probabilidade de aderir aos nudes como uma brincadeira para apimentar a relação

E-mail enviado por um leitor:

“Gostaria de enviar nudes para umas mulheres nos apps de relacionamento. Preciso ter o consentimento delas? Como convencê-las? Enviar em estado de ereção é agressivo?”

Resposta: Os aplicativos (apps) de relacionamento são utilizados de acordo com a expectativa de cada um. Tem quem espera encontrar uma oportunidade para uma relação de compromisso. Tem quem deseja encurtar o caminho para um sexo casual. Tem quem procura manter um relacionamento apenas na virtualidade, e assim por diante…

E cada uma dessas experiências tem que levar em conta, ou deveria levar em conta, as expectativas de ambos os lados. Por exemplo, uma certa pessoa pode querer um sexo casual descompromissado e, ao abrir o app na região em que ela está localizada, encontrar alguém que se habilite a fazer sexo naquele momento. Tudo bem, certo?

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Preciso de consentimento para enviar nudes?

Já um determinado outro pode querer algo diferente e espera-se que ele encontre quem queira a mesma coisa que ele. Ou seja, não basta querer fazer uma coisa no ambiente virtual. É conveniente considerar a adequação do que se pretende fazer com o que a outra pessoa espera de você. Então sim, é preciso ter o consentimento da outra pessoa para você enviar nudes com o seu pênis em estado de ereção para ela.

Pessoas que têm um relacionamento de compromisso apresentam maior probabilidade de aderir aos nudes como uma brincadeira para apimentar a relação. Então, também não se trata de convencer a outra pessoa a aceitar isso. Trata-se muito mais de você entender o porquê da sua necessidade de se exibir excitado para alguém nos apps de relacionamento. Isso antes de alcançar intimidade, confiança mútua e de constatar interesses comuns nas experiências compartilhadas.

Atenção!
Esta resposta não substitui uma consulta ou acompanhamento de uma psicóloga e não se caracteriza como sendo um atendimento.

É Psicóloga Clínica, Terapeuta Sexual e de Casais no Instituto H.Ellis-SP; psicóloga no Ambulatório da Unidade de Medicina Sexual da Disciplina de Urologia da FMABC; Doutora em Ciências pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo; epecialista em Sexualidade pela Sociedade Brasileira de Sexualidade Humana – SBRASH; autora do livro “Mulher: produto com data de validade” (ED. O Nome da Rosa) Mais informações: www.instituto-h-ellis.com.br

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