Trair marido por falta de sexo: ao abordar essa questão com ele, você deve focar só na questão do sexo ou fala da traição também?
E-mail enviado por uma leitora:
“Sou casada há quase três décadas. Já tive bons momentos sexuais com meu marido e outros nem tanto, tipo fases em que damos aquela esfriada, até por imposições do cotidiano, da vida. Nunca tive dificuldade em revelar meus desejos para ele, temos bom convívio e uma relação de confiança e arejada. Mas andei traindo-o e gostaria de expor isso falando que um dos motivos foi uma insatisfação com o nosso sexo. Gostaria de saber se isso pode ser positivo ou se o tiro pode sair pela culatra?”
Resposta: Embora você não apresente dificuldade para revelar os seus desejos para o seu marido, existe insatisfação da sua parte em relação ao sexo na vida a dois que você ainda não compartilhou com ele. Esse parece ser o ponto fundamental a ser abordado com ele, em um clima que seja propício para ambos poderem falar e ouvir os sentimentos do outro com respeito.
Essa é uma questão da sua relação com o seu marido, com a história de convivência de três décadas com ele, em que o repertório sexual do casal parece permanecer silenciado. Portanto, o diálogo descontraído sobre esse tema específico é que pode gerar uma aproximação natural para uma avaliação conjunta sobre a atual intimidade sexual do casal e favorecer a ativação da imaginação para a renovação do entusiasmo na vida íntima.
O foco, e compromisso de ambas as partes, para a elevação da qualidade da relação conjugal deve ser prioridade. Já a questão da traição é um assunto seu que deve ser compreendido por você, primeiramente. Neste caso, uma ajuda psicoterapêutica pode lhe auxiliar a entender o significado que teve essa experiência para você, a perceber o lugar que isso ocupa na sua vida, a identificar as expectativas que você tem ao pensar em contar isso para o seu marido, e a ponderar as consequências imediatas e futuras das decisões que você venha querer tomar daqui para frente.
Atenção!
Esta resposta não substitui uma consulta ou acompanhamento de uma psicóloga e não se caracteriza como sendo um atendimento.