Como conceber a vida?

Você concebe a vida como entidade cósmica? O cosmo é destituído de propósito? Você busca explicações da razão de ser do cosmo? Afinal, o que é a vida?

Bactérias e protozoários poderiam ter consciência de nós seres humanos? A resposta parece óbvia, mas a pergunta alerta para a questão dos níveis de consciência que existem, mesmo dentro da raça humana.

A forma como cada um concebe a vida se relaciona também a seu nível de consciência. Importante notar, conforme o modelo de consciência em espirais, proposto por Clare Graves, que cada passo na expansão da consciência não deve excluir o nível anterior, mas o incorporar.

Pensar na vida (enquanto entidade cósmica contida na realidade espaço-tempo que se nos apresenta após a suposta singularidade do “big-bang”) como tudo aquilo que seja capaz de gerar um campo de informação e mediar assim um movimento de contato entre emissor e receptor parece interessante, uma vez que inclui os processos que ocorrem na escala macrocósmica e os ocorrentes no microcosmo subatômico.

Segundo as ciências naturais o cosmos é destituído de propósito; tese rejeitada por teólogos, filósofos e o público interessado em cosmologia. Apesar da ausência de provas científicas quanto a propósito e sentido na ação física, existe uma persistente tendência histórica em transcender a física e buscar explicações acerca da razão de ser do cosmo, na metafísica.

A teologia, para preencher esta lacuna no saber, oferece a “via pela fé”, eventualmente pouco persuasiva para o cidadão do século 21. Na falta de entendimento, segue o impulso cultural irrefreável a respeito do sentido imanente ao universo.

Médico Neurocirurgião pelo HCFMUSP Doutor em Neurociências pelo ICBUSP Graduado em Física pela USP Especialista em Medicina Antroposófica pela ABMA Autor do livro e do blog: Saúde é Consciência Meu blog: http://saudeconsciencia.blogspot.com

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